Minha avó é a pessoa mais amada que eu conheço. Por todo mundo que a conhecia, sem exceção. Mesmo. Dizem que avó ama em dobro porque é mãe duas vezes, isso explica perfeitamente o tanto de gente que a chamava de “vó” mesmo sem laço sanguíneo. Se avós amam em dobro, bisavós amam o triploContinuar lendo “Saudade é o preço que o amor cobra”
Arquivos do autor:Rachel Pinto
Herói sem capa
Dizem por aí que a medida que a gente vai crescendo, a gente vai deixando de ver nossos pais como heróis. Eu não poderia discordar mais. Quanto mais eu amadureço, mais eu percebo que o heroísmo do meu pai está ainda mais presente do que eu imaginava. Mais eu percebo a grandiosidade de tudo oContinuar lendo “Herói sem capa”
Dona Márcia e eu
Eu sou a filhinha da mamãe. Ponto. E sou a filhinha do papai também. Sinto muitíssimo por quem não é, mas eu sou. E agradeço todos os dias por isso. A saudade dói todos os dias, mas em datas comemorativas dói mil vezes mais. Em mim e neles. Mas mesmo doendo, eles são sempre osContinuar lendo “Dona Márcia e eu”
Um beijo da Chiquinha
A pandemia chegou para mim já com uma voadora com os dois pés na minha nuca. Não só pela doença em si, mas porque perdi o meu avô (não por causa da COVID) logo no início de todo o caos.Mais do que isso, perdi meu avô quando eu já estava do outro lado do oceano,Continuar lendo “Um beijo da Chiquinha”
Este é um texto sobre o amor
Não quero aqui dizer a ninguém como conduzir a própria vida, quero apenas mostrar como conduzo a minha. Cada vez mais vejo gente desacreditada do amor, orgulhosas de suas desconfianças. Sei bem que posso estar errada e que generalizações são rasas, mas na minha interpretação, isso é medo. Ninguém quer assumir o risco de seContinuar lendo “Este é um texto sobre o amor”
Percepção através do tempo
Quando eu tinha sete anos, fui com minha mãe à uma exposição da Camille Claudel. Gostei bastante, mas minha apreciação foi limitada à minha percepção infantil, nada mais natural. Vi dona Márcia se emocionando com as cartas ao Rodin e não entendia o motivo das lágrimas. Havia uma escultura específica em que eu -baixinha comoContinuar lendo “Percepção através do tempo”
Reflexões no aeroporto
Já faz um tempo que eu me tornei aquela que “mora fora”. Eu sou mineira. Bem mineira mesmo, daquelas cujo pão de queijo é religião. Eu conheço minhas raízes, as carrego no peito e me orgulho delas. Até que meus caminhos me levaram ao Pará, aquela terra quente com as pessoas mais calorosas que jáContinuar lendo “Reflexões no aeroporto”
Muito obrigada por não me violentar – ou só mais um caso da louca da problematização.
Deixem-me descrever um cenário bem comum na vida das garotas heterossexuais: uma menina e um menino se beijam, os beijos avançam, é tanta mão que parece um polvo, ambos querem (importante). A gente já sabe onde isso vai dar (pá dun ts), né?! HOJE TEM! Antes que mais alguma coisa aconteça, o rapaz muito indulgenteContinuar lendo “Muito obrigada por não me violentar – ou só mais um caso da louca da problematização.”
Français facile: dicas para falar com biquinho. (Igualmente útil para outros idiomas)
Há algum tempo o @levvitalk fez uma thread no twitter com dicas para aprender inglês que eu achei muito maneira. Como tem bastante gente que me pergunta sobre meu aprendizado tanto do francês quanto do alemão (que está levemente enferrujado), resolvi colocar algumas dicas aqui também. Vou focar no francês, mas todas elas podem serContinuar lendo “Français facile: dicas para falar com biquinho. (Igualmente útil para outros idiomas)”
Morri
Por algum tempo achei que morri. Tão simples quanto parece. Não sei precisar o momento em que dei meu último suspiro, mas foi uma morte lenta. Sem velório, sem lamentos, somente uma pessoa que aos poucos foi se apagando até deixar de existir. Eu não fiz nada para me salvar, em algum momento deixei deContinuar lendo “Morri”